A reportagem, assinada pelo jornalista Bruno Astuto com Acyr Méra Junior, intitulada A Baderna Aérea http://revistaepoca.
O que faltou ser esclarecido e é de suma importância tornar público aqui é que é muito difícil dizer que o piloto envolvido por ter “emprestado” o código ANAC para o proprietário da aeronave era conivente com a situação, pois uma vez que voou no helicóptero em questão, o piloto obrigatoriamente preencheu com seu código regular o diário de bordo que pertence à aeronave de propriedade do então empresário. Enquanto piloto sabemos que fica muito fácil para alguém com más intenções se utilizar desse expediente para burlar um sistema de fiscalização. A fiscalização feita nos aeroportos só pede a carteira do piloto que é física. Não confere a validade. Essa verificação faz parte do sistema de segurança (security) do aeroporto e não da operação aérea. Qualquer pessoa que se identifique com uma carteira de piloto e diga que vai pilotar uma aeronave que se encontra no pátio de manobras consegue acesso para a área de operações.
A atitude proativa dos familiares das vítimas contribui consideravelmente para melhorias no que se refere ao exercício da profissão e na continuidade das investigações para reforçar a importância do cumprimento das regras e para evitar que vidas sejam levadas pela imprudência de um. Porém, existem fatos que merecem ser esclarecidos antes de colocar em dúvida a integridade de um profissional, que pode ter sido envolvido num crime sem consentimento.
Cmte. Rodrigo Duarte, presidente da Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero (ABRAPHE) – São Paulo/SP